Eu, Paulo, pela mansidão e pela bondade de Cristo, apelo para vocês; eu, que sou “humilde” quando estou face a face com vocês, mas “audaz” quando ausente! Rogo-lhes que, quando estiver presente, não me obriguem a agir com audácia, tal como penso que ousarei fazer, para com alguns que acham que procedemos segundo os padrões humanos. (2 Coríntios 10:1,2)
Paulo em suas cartas era audaz. Quem o lia, enxergava alguém forte, determinado e líder. Mas ao verem pessoalmente, aquela imagem era destruída. Paulo era calvo, baixo e não eloquente. Por não ter uma aparência imponente, as pessoas de Corinto diziam que ele não era tão audaz assim.
Nós somos guiados por aparência, ou seja, riqueza, fama, eloquência, porte físico, entre outros. São os padrões humanos. Damos valor ao que vemos e ouvimos, entendendo que uma boa aparência e sinais de riquezas validam quem a pessoa é. Mas para Paulo isso não tinha valor.
Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. (2 Coríntios 10:3)
Paulo não seguia e nem se preocupava com os padrões humanos. Ele era um cristão e seus padrões eram do Reino de Deus e por isso não tinha medo do que era humano.
No aramaico, audácia significava coragem, atrevimento, empreendedorismo. Eles estavam dizendo que ele, por causa da sua aparência, não era audacioso. Mas ele refuta essas palavras e afirmava que era audacioso segundo outros padrões. Se fosse necessário ele mostraria o quão atrevido ele era pessoalmente.
As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. (2 Coríntios 10:4)
As armas de um cristão não são humanas, mas espirituais, são tão poderosas que podem vencer qualquer batalha, até destruir fortalezas. Os inimigos espirituais dos cristãos sabem do poder que existe nas armas de Deus por isso se organizaram em fortalezas para não serem vencidos facilmente. Eles levantaram muros, criaram barreiras e se posicionaram para possíveis ataques, se prontificaram para guerrear e não perder o que conquistaram.
Paulo mostra que o que ele tem, em Deus, é mais poderoso do que temos materialmente. O poder de Deus em nossa vida é capaz de vencer qualquer batalha, e o mal sabe disso.
As armas são atemporais, ou seja, independentemente do tempo sempre serão poderosas. Há 1000 anos atrás eram poderosas, hoje são poderosas e amanhã também. Os tempos podem mudar e os conceitos também, mas a palavra de Deus continua atual e viva, poderosas para vencer o mal.
Quais são as nossas armas: oração, jejum, louvor, ofertas, sacrifícios, palavra de Deus, renuncia, generosidade, honra, entre outros. Essas armas são poderosas em Deus e continuam sendo o nosso arsenal de guerra.
Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. (2 Coríntios 10:5)
Nossas maiores batalhas ocorrem em nossa mente. O mal sabe do nosso poder, por isso, guerreia em nossa mente para nos impedir de sermos quem realmente somos.
Em todo tempo somos atacados em nossas mentes com setas inflamadas para nos tirar do foco e esquecermos das nossas armas. Muitos são vencidos por falsos entendimentos que vem a sua mente. O mal não lutou contra ele frente a frente, simplesmente o convenceu a desistir. Muitos desistiram por causa de pensamentos falsos que tiveram, o mal soprou em seu ouvido e ele acreditou.
Paulo não era poderoso em fala e aparência, mas espiritualmente, era audacioso. Ele tinha as suas armas espirituais e não esquecia delas. Através do que tinha em Deus, ele destruía fortalezas e vencia as suas batalhas mentais.
É necessário guerrear em nossa mente para destruir a mentira e suas raízes, destruir argumentos e pretensões, informações e sofismas. Todo pensamento contrário a obra de obediência a Deus deve ser preso. É necessário vencer a batalha da mente para vencer a batalha da vida.
Devemos ser audaciosos (corajosos, atrevidos, empreendedores) e nos posicionar contra toda fortaleza, resistência, barreira colocada em nosso caminho, não devemos recuar, mas derruba-las através do poder de Deus que temos em nós.
Todos têm fortalezas posicionadas em suas vidas pessoas, profissionais, familiares e ministeriais. A igreja tem fortalezas a enfrentar. Nossas armas não devem ser as humanas, ou seja, aparência, dinheiro e fama, essas são vencidas facilmente. Não devemos lutar segundos os padrões humanos, mas segundo as ferramentas que Deus nos dá. Quinze dias de propósito de jejum e oração podem derrubar inimigos antigos facilmente.
Prepare um bom propósito em Deus, renuncie coisas do mundo, se posicione para batalha e mostre toda a sua audácia espiritual.