
Não são suas orações, não é a sua capacidade, é a sua rendição (Kathryn Kuhlman).
Benny Hinn retrata situação semelhante em seu livro: Kathryn Kuhlman. Após a morte da nobre senhora de Deus, ele é convidado para ministrar um culto especial em memoria dela. Ele olhou para o tamanho do auditório e ficou amedrontado diante do possível público que estaria lá. Nunca foi apresentado à pastora, só a conhecendo de púlpito. Sabia que era respeitada em todos os Estados Unidos e que viriam pessoas de longe para prestigiar aquela noite.
Esse reverendo nunca tinha ministrado com tanta gente, e substituir a senhora Kuhlman não era tarefa fácil. Encontrou com alguém da equipe dela que o orientou a não ficar orando. Deveria dormir e descansar para a noite. Ele ficou assustado e não obedeceu. Sua tarefa seria árdua. Então se dedicou à oração durante as cinco horas que antecederia a reunião para se preparar. No inicio do culto, o auditório estava lotado. Ele não sabia como fazer. Esperou o louvor tocar e ficou angustiado pensando como ministrar. Ao entrar, estava nervoso e não conseguia falar corretamente. Após trinta longos minutos e nada acontecer, se rendeu e disse: “Eu não consigo mais”. Nessa hora, ouviu a voz de Deus dizendo-lhe que era isso que esperava, uma rendição, e que naquela hora Deus assumiria.
Depois de cerca de trinta minutos que pareceram uma eternidade, finalmente levantei meus braços e clamei: “Não consigo! Senhor, não consigo fazer isso!”.
Neste exato momento, escutei uma voz que dizia: “Fico feliz porque você não consegue. Agora, eu farei”.
Naquele mesmo instante, a apreensão e o medo desaparecerem. Meu corpo físico relaxou. Comecei a falar palavras que não havia preparado e o poder de Deus começou a tocar as pessoas por todo o auditório. Benny Hinn (Livro: Kathryn Kuhlman).
Não são pelas orações, apesar de elas serem importantes. Não é pela capacidade, mas pela rendição. A oração e o jejum sendo usado como forma de fortalecimento não têm valor. Mas, quando seu objetivo é dependência de Deus, o poder é liberado.
Ela citou Isaías 52, onde Deus disse: “Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião”. Ela explicou que as palavras “Desperta, desperta” significavam “Ore, ore”, assim como o Senhor nos disse para “vigiar e orar”. Ao longo dos anos, esta mensagem adquiriu um grande significado para mim. O custo pessoal mencionado pela senhorita Kuhlman era a oração – e naquela reunião tomei a decisão de que pagaria o preço. Aquela era a chave para a liberação do poder de Deus (Benny Hinn, no livro Kathryn Kuhlman).
Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus. Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. (Romanos 8:26-28)
Compreender a rendição é algo extremamente difícil. Como entender a necessidade de dar o melhor e ao mesmo tempo entender que não gerará resultado com isso? É quando compreendemos que o Espírito de Deus não é um robô que funciona em resposta as nossas ações, mas que ele existe e tem inteligência. Ele recebe o nosso esforço e devoção, mas à sua maneira dará a resposta.
A Bíblia diz que ele faz como quer, ou seja, não podemos controlar, programar ou combinar o resultado esperado. O que nos cabe é pedir ou tocar seu coração com nossa fé e perseverança. Tudo começa quando demonstramos um interesse real por Ele e começamos a nos entregar seriamente a esse relacionamento. Mas em certo ponto notamos que não conseguimos realizar tal feito, pois depende do outro lado aceitar o convite. Então muitas vezes ficamos frustrados com o silêncio ou a ausência da pronta resposta. Ficamos surpreendidos que após o tentar e não conseguir, de uma maneira inusitada e não programada por nós, Deus responde ao nosso apelo e dá um sinal que lhe interessa esse relacionamento.
Como o amor é gerado de uma forma não programada, também o é nosso relacionamento com Deus. Não podemos planejar ou acertar. Devemos nos entregar e render, e ele virá, pois sempre vem.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. (Salmos 139:23).
Davi se rendeu, quando cuidava de ovelhas em um pasto, e encontrou o Senhor. Foi chamado pelo profeta e ungido para receber o Espírito Santo. Onde você está, se o seu coração desejar ardentemente se dobrar diante de Deus para recebê-lo, assim acontecerá na sua vida.
Não tente controlar o Senhor, não tente programar o seu encontro, deseje mais do que nunca estar perto dele e peça. O Espírito Santo está a escuta e satisfará o desejo do seu coração.
Este livro não propõe apenas uma releitura do passado, mas tenta apontar como viver biblicamente o agora, através de experiências e alargando a fé em novas possibilidades que o Santo Espírito pode trazer. Nele se fala mais da prática do que da teoria. Não tem a pretensão de explicar o que Deus é, pois esse amigo a gente não tenta defini-lo, sendo melhor andar com ele e ouvi-lo.
Nós o convidamos a abrir o coração e a mente para aquele que foi escolhido para nos moldar por dentro e nos regenerar. Mas que um fantasma, o Espírito Santo tem sentimentos e pensamentos. É um amigo e está mais presente do que se possa imaginar.