Todas as vezes que vejo famílias se dividindo por herança, e como filhos tratam os pais por causa de dinheiro, concluo que aqueles que somente estão preocupados em deixar bens materiais para as suas descendências poderiam repensar sobre os seus legados.
Existem coisas melhores para se deixar.
Eu quero deixar para os meus filhos uma conta cheia de momentos inesquecíveis, cheia de sorrisos, beijos e abraços. Com muitas cabaninhas, bagunças e brincadeiras, que as suas infâncias sejam guardadas para toda a vida, inclusive quando eu não estiver mais aqui.
Quero deixar um legado de conhecimento, para que valorizem o saber. Que amem os livros, principalmente os meus. Que adorem aprender. Que a minha busca, seja as deles também. Que não satisfaçam com o que ouviram, mas estejam dispostos a aprender a cada dia mais e compartilhar com os outros o que receberam. Aprendendo e ensinando, se enchendo e entornando.
Uma coisa desejo testamentar: caráter. Que não invejem o que é do outro, mas lute para conquistar. Que saibam dar lugar e que não engane para ter. Que não vendam a sua alma. Que a preferência seja fazer o que é certo. Que o dinheiro não é o fim para tudo, mas uma consequência de um bom trabalho.
Fazendo grandes investimentos em valores cristãos, que se tornem homens virtuosos, coerentes e corretos. Prefiro ensinar sobre dividir a reter, compartilhar do que ter, a ser fiel com Deus. Que herdem a consciência de ajudar ao próximo e estar perto de quem precise. Uma coisa eu espero que eles briguem para ter de mim: uma vida de oração e intimidade com Deus.
A minha maior conta não está em bancos ou cadernetas de poupança, não está em propriedades ou em empresas. Está nos céus, nas mãos de Deus. Com orações quase diárias deposito: Que os meus filhos conheçam a Deus e andem em sua Presença. Ao favor deles existe uma conta cheia de orações. O meu maior investimento ainda será sacado.