A Vitória de Jesus que as vezes temos, mas não reconhecemos

A Vitória de Jesus que as vezes temos, mas não reconhecemos
A Vitória de Jesus que as vezes temos, mas não reconhecemos

Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus. Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; João 13:1-3

Esta semana, tive uma conversa com um amigo. Ele compartilhou o peso das tarefas que ainda precisa realizar até o final do ano, expressando suas frustrações com a forma como as coisas não se desenrolaram conforme esperava. Ele estava determinado a dedicar-se incansavelmente até o fim do ano, até mesmo abrindo mão de passar o Natal na casa de sua mãe para recuperar o tempo perdido.

Ele carregava um fardo de ineficiência, sentindo que seu ano não tinha sido tão produtivo quanto gostaria, deixando-o com um senso de déficit que o impelia a trabalhar ainda mais. No entanto, vale destacar que, diferentemente de muitas pessoas, ele não havia deixado de produzir durante o ano.

Eu sugeri que ele considerasse a possibilidade de ir para casa e descansar. Ele reconheceu estar esgotado. Em momentos como esse, é importante tirar um tempo para refletir sobre o que foi conquistado durante o ano e apreciar os frutos do nosso trabalho árduo.

Foi então que lembrei a ele da parábola dos talentos, enfatizando que, à luz de Deus, ele estava em um bom caminho. Ele havia se mostrado um servo dedicado e fiel, mesmo que as recompensas financeiras não fossem evidentes. A obra de Deus em sua vida estava prosperando, algo que ele deveria celebrar e não subestimar.

A notícia o deixou radiante, levando-o a desligar o computador e se dirigir para casa. Esse tempo de introspecção e gratidão pela jornada percorrida lhe fez um bem imenso. É fundamental lembrarmos constantemente dos inúmeros benefícios que o Senhor derrama sobre nossas vidas e dedicar um tempo para reconhecê-los.

Eu, pessoalmente, tenho o hábito de escrever minhas metas e planos em cadernos. Ao reler alguns desses registros antigos, noto que a maior parte do que me propus a fazer foi realizado. No entanto, após a realização, muitas vezes esquecemos de celebrar essas conquistas. A redescoberta desses feitos passados traz uma alegria genuína.

Às vezes, somos tão absorvidos pelo presente que negligenciamos nossas realizações.

Às vezes, somos tão absorvidos pelo presente que negligenciamos nossas realizações. É por isso que é essencial fazermos pausas para relembrar, nos encher de gratidão e celebrar nossos sucessos. Hoje é o dia para nos lembrarmos do que já alcançamos em nossas vidas.

A celebração e a reflexão são também elementos fundamentais em momentos difíceis. Assim como na última Ceia de Jesus, quando ele enfrentava um período de extrema tensão, uma mesa foi posta e um espaço de comunhão criado. Este momento não foi definido pelo que acontecia do lado de fora, mas sim pelo que estava sobre a mesa.

Naquele momento, duas realidades distintas coexistiam: do lado de fora, havia a angústia de Jesus, mas à mesa reinava a gratidão. Embora o mundo físico estivesse repleto de medo, o âmbito espiritual era permeado pela graça divina, gerando profunda gratidão.

Jesus mantinha três certezas fundamentais: que tudo estava sob o seu controle, que sua autoridade provinha de Deus e que, ao final, retornaria para Ele. Muitas vezes, é a falta dessas certezas que nos aflige. Recordar que toda a autoridade foi concedida a Jesus, que fomos adotados por Deus e que um dia voltaremos para Ele nos enche de gratidão, lembrando-nos do amor divino que permeia nossas vidas.

Ao olharmos para o que acontece ao nosso redor, pode parecer que as coisas não deram certo. No entanto, se mudarmos nosso foco para a mesa da comunhão, perceberemos que, na verdade, muita coisa deu certo. Julgar o cenário pelo que ocorre do lado de fora pode gerar desânimo, mas olhar a cena sob a perspectiva da mesa nos traz paz e contentamento.

A verdadeira essência não reside apenas no sucesso superficial.

A verdadeira essência não reside apenas no sucesso superficial. O propósito real é a construção do Reino de Deus, e isso é algo que Jesus alcançou. Muitas vezes, somos levados a medir o sucesso pelos resultados visíveis, mas esquecemos que o desenvolvimento é o que realmente importa.

O verdadeiro sucesso não é apenas ter uma igreja lotada, mas sim formar discípulos capacitados e inspirados. A cena mais significativa era a da última Ceia de Jesus, onde doze discípulos se reuniam em comunhão e gratidão.

Se a cena fosse um grande auditório com milhares de pessoas, muitos poderiam dizer que Jesus fez sucesso. Mas a verdadeira cena era a despedida de seu ministério, com doze discípulos compartilhando um momento de comunhão e gratidão.

Moisés Nogueira de Faria