Os três colaboradores da Parábola dos Talentos tiveram desempenhos distintos. O que chama a atenção é o comportamento do terceiro ao ser questionado sobre seu resultado. Ele começa a criticar o perfil do empregador, alegando que é uma pessoa severa e difícil de lidar.
Primeiro, isso revela uma falta de conhecimento sobre quem o lidera, seu chefe. Muitas vezes, a pessoa sequer conhece verdadeiramente a Deus, pois começa a proferir palavras que não correspondem à realidade.
Isso evidencia um distanciamento entre ele e seu gestor. Ele não tem um relacionamento genuíno com seu líder e, por isso, cria na mente uma imagem distorcida da pessoa real.
Os dois primeiros colaboradores obtêm ótimos resultados e demonstram estar em sintonia com o empregador, tanto que há um reconhecimento pelo trabalho realizado. Já o terceiro mostra um distanciamento e, frequentemente, um desejo de ocupar aquela posição, sem reconhecer que quem está acima dele na hierarquia é plenamente capaz de realizar o trabalho.
Essa falta de reconhecimento leva a um distanciamento e a um relacionamento frágil. Ele não consegue compreender que a hierarquia existe para ajudá-lo a melhorar seu desempenho.
O gerente está ali para apoiar os supervisores, e o supervisor, por sua vez, para garantir que sua equipe tenha um bom resultado. Contudo, o colaborador que teve um mau desempenho demonstra estar afastado de seu supervisor e empregador.
Isso é comum em muitas empresas: pessoas que obtêm resultados insatisfatórios estão distantes, não querem criar relacionamentos que possam ajudá-las, nem querem ser questionadas ou supervisionadas. Esse é um grande problema.
Ao recusar o apoio da equipe, a pessoa prejudica seu desempenho, cortando relações importantes. Em muitos casos, aqueles com resultados medíocres buscam se associar a outros na mesma situação, formando grupos que acreditam ter voz, mas não terão.
Devemos procurar nos relacionar com pessoas que obtêm bons resultados, que entendem a missão e estão progredindo. Manter um relacionamento saudável com o líder é essencial para facilitar a comunicação e receber críticas construtivas.
Assim, o trabalho melhora. O texto mostra que esse colaborador não conhecia verdadeiramente seu líder, criando um perfil que não correspondia à realidade. Seu líder não é cruel ou intolerante, mas alguém que deseja o melhor para a equipe.
Na visão distorcida do colaborador, o líder parecia severo, quando na verdade era exigente, buscando sempre o melhor para a equipe e a evolução de todos. Portanto, não confunda alguém que quer resultados com uma pessoa severa e intolerante.
Um bom líder não é aquele que está sempre rindo e contando piadas, mas alguém centrado. Essa pessoa centrada, muitas vezes de poucas palavras, pode ser a chave para o seu crescimento.
Lembro-me de pessoas em departamentos que não souberam aproveitar seu gestor. Na minha empresa, um gestor altamente capaz poderia ter impulsionado a carreira de muitos, mas alguns estavam mais preocupados em encontrar falhas nele do que em reconhecer suas qualidades.
A visão correta é enxergar o líder como alguém centrado, que conduz a equipe para frente e precisa que todos se conectem com ele. É importante caminhar ao lado de pessoas com essa mentalidade, que estão focadas no trabalho e no futuro, e não apenas em conversas fúteis ou piadinhas.
Associar-se a pessoas negativas não é o caminho. Devemos estar perto de quem está avançando, pensando no futuro e querendo o melhor para a equipe. Essas são as pessoas que farão a diferença em nossas vidas.
Moisés Nogueira de Faria – @moisesnogueiraoficial