Uma coisa que sempre digo ao meu time de gestores é: vocês já conhecem minha forma de pensar, já entendem minha mente. Não precisam me perguntar tudo ou buscar minha opinião para cada detalhe, pois já compreenderam minha linha de raciocínio, a missão e a visão da empresa, e sabem para onde estamos indo. Vocês também são capazes de tomar algumas decisões por conta própria. Isso é resultado de uma conexão existente no time.
Com o tempo, ao repetir as mesmas diretrizes, ao realizar reuniões individuais e manter essa conexão, fica fácil entender para onde queremos ir e o que queremos realizar. Essa prática gera independência na equipe. Quanto mais confiável uma pessoa se torna, menos precisa prestar contas ao gestor, pois já conquistou essa confiança.
Quando uma pessoa nova chega à equipe e ainda não é capaz de observar, entender ou ouvir, ela precisa ser orientada em tudo e não pode tomar decisões sozinha. Mas alguém que já está na equipe há algum tempo, que já compreendeu a missão e tomou decisões acertadas, alinhadas com os objetivos do time, é um observador atento. Essa pessoa é capaz de tomar decisões de forma autônoma. No entanto, se alguém não escuta ninguém e toma decisões isoladamente, isso pode ser um problema, pois ela pode desviar do caminho e prejudicar a equipe.
Quanto mais conectada a pessoa estiver com o grupo e com as ideias, mais ela merece ser ouvida. Se está envolvida no trabalho, dando o seu melhor, escutando os clientes e respeitando o time, essa pessoa deve, de fato, ser escutada.
Por outro lado, uma pessoa dispersa, que não se conectou com o grupo, não entende a missão e tem dificuldades em cumprir suas próprias tarefas, é difícil de ser ouvida, pois provavelmente não contribuirá com algo alinhado. Todos têm ideias, mas uma ideia sem execução não vale muito. Uma ideia executada e validada, sim, tem valor. E uma ideia de alguém que está verdadeiramente conectada com a equipe, que entende o propósito, que está comprometida e dedicada, vale muito.
No texto, fica claro que há uma desconexão. Ele está distante, não se conectou com seu líder, não entendeu a missão, e acabou criando um mundo próprio na sua cabeça, o que prejudicou todo o trabalho que estava realizando.
Moisés Nogueira de Faria – @moisesnogueiraoficial